artistas e a obsessão pela estupidez

Muita gente sabe que sou persona non grata pelas minhas opiniões e gostos e isso fica evidente principalmente no meio artístico. Eu não teria nada a criticar se não fosse massivamente criticada por tentar estudar um pouquinho e entender o mundo. Como isso incomoda os artistinhas! Ler um livro, tentar entender a situação política em que estamos, estudar uma nova língua. Tudo isso é visto com extremo desprezo. Conhecimento para os artistinhas é perda de tempo, aliás, eles morrem de medo de obter algum e acabar tendo uma opinião contrária a do establishment. Afinal, ser office-boy intelectual dá status, o sentimento de pertencimento ao grupo traz conforto, pra quem adora ter um grupinho de apoio para chamar de seu.

Eu entendo que as pessoas não tenham o mínimo interesse em crescer, mas se incomodar com o crescimento dos outros não. Delas só tenho recebido os piores conselhos possíveis: “seus roteiros são muito críticos, faz uma coisa mais povão”, “para de estudar e foca na comédia” – Essa é a hora que os comediantes me deprimem! Quando separaram a arte da cultura que eu não sei? Como os artistinhas esperam fazer um bom trabalho sem nenhuma base de conhecimento? E por que essa obsessão por conteúdo estúpido? O que já temos já não é mais do que suficiente? Enfim, algumas retóricas.

Talvez grande culpa disso seja da internet que, para o bem ou para o mal, permite que qualquer pessoa ganhe fama. Hoje você só precisa ser ninguém para ser alguém – ninguém interessante, alguém famoso, no caso.

Então de repente você tem centenas de pessoas estúpidas servindo de exemplo para milhões de pessoas estúpidas que passam a admirar a estupidez daquelas pessoas estúpidas. E qualquer pessoas que pense “ei, eu não quero ser estúpida!” vai atrair a resposta: “Você é estúpida??? Você precisa ser estúpida para ser Estúpida!” como se isso fizesse o menor sentido! Na verdade faz, eu é que acho estúpido.

Feliz Dia dos Namorados, bitches

Hoje é o dia dos namorados então fiz uma listinha dos piores homens que existem para você amiga encalhada se sentir menos mal por ter se livrado de algum deles:

Homem PT: tá te fodendo ha 12 anos mas qualquer problema de relacionamento joga a culpa no seu ex

Homem menor infrator: não paga por nada

Homem Aécio Neves: você jurava que ele ia te tirar da fossa, mas descobriu que é viado

Homem deputado: conta um monte de mentiras para conseguir entrar na Câmara

Homem Jean Wyllys: diz que é viado pra conseguir te foder

Homem pão de queijo de minas: é o mais gostoso, mas é oco por dentro

Homem vítima da sociedade: te dá uma facada no coração e ainda diz que a culpa é sua

Homem menstruação: quando desaparece faz você pensar em todas as merdas que você fez

Homem Movimento Feminista: só quer que você mostre os peitos

Homem telemarketing: sempre te procura para oferecer o que você nunca quis

Homem MST: só quer invadir seu latifundio

Homem cantor de MPB: prefere tocar solo

Opinião estúpida e militância LGBT

Quando até mesmo pessoas inteligentes e esclarecidas são autoritárias com opiniões alheias você vê que os doutrinadores do politicamente correto foram bem sucedidos e estamos todos sob essa influência.

Essa semana O Boticário lançou uma publicidade para o dia dos namorados com casais hetero e gays. Alguns religiosos cristãos não gostaram e eviaram reclamações através do site da empresa. Eu particularmente acho uma atitude estúpida e posso afirmar que a maioria dos cristãos quando não, realmente não se importam. E por que se importariam? Não é estranho que num país cujos os programas mais assistidos são Big Brother e novelas da Globo, além uma infinidade sexualmente apelativos, dois homens se abraçando possa causar tanta resistência?

Mateus Solano e Thiago Fragoso, Novela Amor à Vida, 2014

No país da Banheira do Gugu é evidente que se a publicidade causou qualquer constrangimento foi a uma minoria. É evidente que a maioria entende que uma empresa pode vender seu produto para o tipo de consumidor que ela bem entender, e por sua vez explicitar isso na publicidade. Isso é o óbvio. O que não é óbvio mas deveria ser é que da mesma forma que as empresas tem o direito de mostrar um casal gay, religiosos ou quem quer que seja também tem o direito de não gostar e de se manifestar. Defender a liberdade de expressão é defender o direito das pessoas de falarem o que você não concorda, não o que você concorda.

Até hoje as pessoas não conseguem diferenciar o que é defender uma opinião de defender o direito de dizê-la. Não importa se é estúpido ou não, e não pode importar! Estupidez é subjetivo, depende do ponto de vista. Defendo o direito de pessoas darem suas opiniões que eu julgo idiotas para que eu também possa dar as minhas, das quais muita gente também não vai gostar. Deveria ser simples. Mas não na ditadura do politicamente correto, onde um lado é sempre vítima e pode tudo e o outro é sempre um monstro e não pode nada.

Outra coisa que as pessoas também parecem não entender muito bem é a diferença de uma opinião que defende seus próprios interesses e uma atitude agressiva que tem o objetivo de atacar. Por causa de uma opinião o movimento LGBT se acha no direito de cometer o que pode ser posto até mesmo na categoria de crime.

CapturarA Parada Gay desse ano contou com algumas coisas assim:

Parada Gay, São Paulo, 2015

E o quadro atual da mentalidade brasileira é mais ou menos esse:

O que é mais ofensivo?

[x] Pedir a retirada de uma publicidade do ar;

[ ] Profanação de símbolos religiosos, zombaria, invadir evento religioso, invadir igreja, enfiar cruz no ânus, enfiar santa na vagina, esfregar os peitos no padre.

O que nos faz concluir que a inteligência e senso de proporção da sociedade brasileira foi parar aqui:

Movimento Feminista e LGBT invadem Jornada Mundial da Juventude, 2013

Felizmente é por causa de tanta loucura que surgem pessoas como o Tiago Oliveira (conhecido como Talita Oliveira), Smith Hays e Karol Eller que não gostam e não seguem ordens de militância LGBT nenhuma. Pessoas como eles nunca estão em evidência, a não ser agora no atual quadro doentio em que estamos. Nunca estão em evidência porque estão cuidando das suas próprias vidas e sobretudo porque são pessoas normais, indivíduos que não estão impondo suas visões a ninguém, mas acabam sofrendo as consequências das atitudes de um movimento político que tacha todo homossexual como agressivo, desrespeitoso e cristofóbico. Isso também não é verdade.

Uma prova é o vídeo acima da Karol Eller. Bom, acho que já deu, né?

É por isso que eu amo indivíduos, não grupos, não movimentos, não comunidades.

Ah. E não, Karol Eller, não aceito suas desculpas. Você não fez nada e não precisa se desculpar. Mas obrigada por fazer esse vídeo e desfazer um pouco a caricatura do gay-político que estão construindo por aí.

Esfaqueaço

Agora a nova onda entre a tupinicagem carioca é o MSE: Movimento Social do Esfaqueamento – também conhecido como esfaqueaço, por mim mesma. Movimento Social porque a gente tem que respeitar, não dá mais pra denegrir a santa imagem de uma pessoa que podia tá matando, podia tá roubando.. e está! Mesmo porque não só pode como deve! Afinal, todo mundo sabe que a regra básica para se criar justiça social é permitir que quem se sente injustiçado social cometa qualquer injustiça social. E aí vamos criando uma sociedade mais justa.

counselorO primeiro passo para se construir tal sociedade é o uso politicamente correto das palavras. Não adianta permitir ações reparadoras e denegrir quem as faz. Antigamente atribuir um substantivo a alguém era algo feito com uma simplicidade que reflete ignorância. Se roubou era ladrão. Se matou era assassino. Se estuprou: estuprador. Hoje em dia você precisa da ajuda de um sociólogo, uma pedagoga e um ativista de ONG pra fazer uma nomeação acertada segundo os novos padrões socioconstrutivistas do senso crítico nacional.

Se roubou e é rico: ladrão capitalista opressor. Se roubou e é pobre: vítima social de quem nunca roubou e é rico.

Se matou e é rico: assassino nazista capitalista. Se matou e é pobre: vítima social de quem nunca matou e é rico.

Se estuprou e é rico: estuprador machista. Se estuprou e é pobre: membro do MSB: Movimento Social dos Sem Boceta.

Porém, é claro, uma coisa me intriga. Falando do caso recente Jaime Gold, ao contrário do que os playboys marxistas pregam por ai, a vítima social do esbanjamento nazi capitalista bicíclico do médico morava em casa do programa Minha Casa Minha Vida, estudava no Ciep, recebia Bolsa Família e até lutava judô gratuitamente (apesar das más línguas falarem que era aula de culinária). Enquanto ele é defendido como um mártir da desigualdade social, Jesses Soares são esquecidos. Afinal um pobre que vendia bombom em ônibus para pagar a faculdade de medicina não contribui para a justificativa que criminalidade é consequência da pobreza. Eu só gostaria de saber uma coisa. Esclarecidos que eu, vocês e os pais dos playboys marxistas pagamos pelo casa, pagamos pela escola e pagamos pela recreação, qual é exatamente a nossa culpa? Pagamos também pela faca?